RIO - Junto com a felicidade pela colocação profissional, a conquista de uma vaga de estágio ou emprego pode trazer preocupações em relação ao que vestir para trabalhar — principalmente no início da carreira. Montar um guarda-roupa de trabalho, sobretudo quando ainda não se tem um salário, pode parecer uma grande despesa, mas não precisa doer no bolso. A chave para economizar é investir na aquisição de peças que combinem entre si, sejam versáteis e tenham boa durabilidade, ensina a consultora de estilo Dany Couto.
Segundo a especialista, o primeiro passo para planejar as compras é identificar se o ambiente de trabalho é formal ou informal, já os funcionários devem se vestir conforme a imagem que a empresa deseja transmitir ao público. Feito isso, a segunda providência é preparar uma lista do que é necessário adquirir, com especificações de cor e modelo, para que o impulso não leve a más escolhas.
— Muita gente compra na emoção, o que não funciona. Antes, é preciso ver o que o guarda-roupa já tem, para não acabar comprando peças parecidas. É importante pensar em cores e modelos diversificados, mas que conversem entre si. E sempre adquirir mais partes de cima do que de baixo, porque essas podem ser repetidas mais vezes — aconselha Dany Couto.
Na pior das hipóteses, se não der para aproveitar nenhuma peça que já se tenha em casa e o orçamento estiver bem curto, a receita para não gastar demais é começar com a aquisição de uma calça ou saia, cinco blusas e um sapato. De acordo com a consultora de estilo, o melhor é optar por tons neutros, que não são marcantes. Assim, é possível montar combinações para a semana toda e repeti-las nos dias seguintes sem se preocupar com comentários dos colegas.
— O ideal é que a parte de baixo seja preta, cinza ou azul-marinho. Dá para usar a mesma peça a semana inteira que ninguém vai reparar. O que a pessoa vai precisar é vestir uma blusa por dia. Off white, mostarda, vinho e verde-escuro também são tons interessantes, que não chamam muita atenção. Estampas e cores fortes devem ser evitadas. O sapato pode ser preto, porque é fácil de coordenar com a calça ou a saia — explica.
Um cuidado que se deve ter na hora da compra é prestar atenção ao pano da roupa. Se a intenção é economizar, é melhor dar preferência a tecidos naturais, como linho e algodão, que ficam com cara de "bem cuidado" por mais tempo, mesmo após muitas lavagens. Tecidos sintéticos, como poliéster e viscose, tendem a durar menos.
Abolir a ideia de deixar roupas exclusivamente para o trabalho e peças só para sair a passeio é outra forma de diminuir os gastos com vestuário.
— Hoje em dia, ninguém mais tem condições financeiras e de espaço para manter um guarda-roupa setorizado. Pode e deve haver mistura de peças. Por isso, antes de comprar, a pessoa precisa avaliar em que ocasiões a roupa poderá ser usada. Se for algo que ela só vai conseguir vestir em um lugar, não vale a pena o investimento — afirma Dany Couto.
Lojas de departamento e brechós são estabelecimentos onde é possível encontrar roupas para trabalhar com preços baixos. Ficar de olho em liquidações ajuda a garantir a economia. Para poupar, o analista de sistemas Gilberto Carneiro, de 51 anos, costumava comprar em outlets fora do Brasil, sempre que viajava ao exterior. Com isso, chegou a pagar por uma peça menos do que 10% do valor original.
— Tenho roupas que nem usei ainda. Quando o preço é convidativo, gosto de comprar e deixar a peça guardada para alguma ocasião no futuro. Mas só compensa se for algo que não sai de moda. Se for um produto datado, não adianta — diz Carneiro, um dos "caçadores de ofertas" do "Qual oferta", plataforma dos jornais EXTRA, O Globo e Expresso que reúne, no impresso e no digital, as melhores promoções de supermercados, drogarias e lojas de departamento de Rio e Grande Rio.